A minha mente é o refúgio perfeito para inúmeras
palermices e muitas questões parvas. Questões, que ao longo do tempo, me vão
dilacerando o intelecto. Porque é que a água mineral, que corre pelas montanhas
durante séculos, tem uma data para consumo? Por que as pessoas apertam o
comando da televisão com mais força quando a pilha está fraca? Ainda não desisti, e estou certo que em dia de bebedeira,
conseguirei responder a todas essas perguntas. Mas existe um mistério tão
misterioso, uma intriga tao intrigante, que não consigo desvendar: Porque é que as pessoas tem mais vergonha de
comprar preservativos do que papel higiénico?
Do que se orgulharia mais? Ser um insaciável e
frequente praticante de recriação “coital”? Ou um mega produtor fecal? Humm… Estou
mesmo indeciso! Qual é a resposta certa? Se algum de vós imagina “Guerra dos
Tronos” (porque na casa de banho é recorrente encontrar esse tipo de
literatura) retrata o conflito concorrencial
na indústria da louça sanitária, tenho duas mensagens: “Vai tratar-te e é
melhor deixar de inalar o teu drunfo intestinal!” e “Seu ignorante de merda
(este termo nunca foi tão apropriado!) não conheces mesmo a “Guerra dos Tronos”? Não te preocupes quando estiver contigo, eu explico-te. E de uma forma civilizada! Após espancar-te utilizando todos os volumes da obra de George R. R. Martin e afogar-te na sanita.”
Para demonstrar que não é vergonha nenhuma comprar preservativos
fui ao supermercado, agarrei uns quantos, 30 ou 40, não sei precisar. O quê?
Pode não parecer, mas tenho uma resistência física do catano. As idas ao ginásio
não foram para o inglês ver! E quem que encontro na caixa? O Sr. Paulo, o pai
da minha namorada! -“Então por aqui?
Cuidado com a minha filha! Não faltas de respeito na minha ausência! Eu sei
como vocês são! Eu também já fui jovem.” Posei o meu cesto de forma a evitar
o avistamento da quantidade massiva de preservativos. E como não quer a coisa,
perguntei ao rapaz da caixa: “Por acaso,
não me sabes dizer onde está o papel higiénico?”
O Cronista da Parvoíce © 2014
E assim respondi ao
desafio da Daniela Tomás
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