É inevitável, e por mais sacudidelas que dês,
aquele malfadado pingo resistente aguente-se firme até decidir de estragar a
tua noite. Os mais afortunados molharão apenas os boxers, os mais azarados,
como eu, ficarão com as calças marcadas pelo infortúnio.

E
depois as mulheres têm a ousadia de afirmar que a masculinidade traz mais
vantagens em questões urinárias. O facto de urinar de pé, não é por si só um benefício.
Sim! Podemos fazê-lo em qualquer parte, sendo obviamente a casa-de-banho mais adequado.
Uma vez fi-lo nas flores a frente de casa e a minha Mãe não achou
muita piada. Tenho culpa dos lilases não serem resistentes a urina? A
verticalidade urinária implica o medo constante da entaladela no fecho (doí-me
só de pensar nisso) e da vistoria das calças, com uma inspeção a pente
fino da presença de resíduos. No domínio sanitário impera a lei da selva, é
cada um por si (nós não vamos aos pares), não perguntamos uns aos outros se
tamos pingados ou não. Confesso que seria bastante estranho e amaricado. -“Desculpa,
mas podes ver se estou pingado?” –“O quê? Queres que eu olho para onde?...
Rabeta!”
Com isto tenho de voltar para o meu encontro e aproveitei
esta ida a casa de banho para falar um pouco deste flagelo da rebeldia
pingante. Já demorei muito e desta vez não vou estragar tudo. Vou ter um
segundo encontro! Está garantido… Ohhh… Não acredito… Estou todo pingado….
Outra vez… Vou ficar sozinho para sempre!!!
O Cronista da Parvoíce © 2014
Foi assim que respondi ao desafio do Fábio
Gaspar
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